Quarta-feira, 3 de Agosto de 2022

31 Razões para viver em Lisboa

Este artigo da Global Post foi traduzido e publicado pelo Jornal O Sol, enaltece a nossa Capital, demais no meu entender, Lisboa é linda, tem uma luz fantástica, somos simpáticos, come-se bem, etc., mas não exageremos...

 

Até aqui nada de muito preocupante e deixo o artigo da Sol:

 

http://www.sol.pt/noticia/106058

 

Como seria de esperar isto espalhou-se como pólvora pelos Blogs, nas Redes Sociais, etc., como sou curiosa e além do mais aprendi a não publicar nada sem tentar "investigar" o máximo possível sobre, a veracidade e de preferencia descobrir a origem, fui então procurar o texto do Global Post e encontrei o texto que deixo aqui:

 

http://www.globalpost.com/dispatch/news/regions/europe/140515/31-reasons-you-should-move-lisbon

 

Agora leiam o ponto nº 6 do artigo original e depois a tradução, os Americanos têm fama de não serem muito cultos, mas quem escreveu isto não deve ter vindo a Lisboa nem tentou aprender nada sobre os Portugueses, existem várias palermices no artigo mas não são muito graves para um artigo que provavelmente foi feito sentado em frente a um pc com recurso a internet, até as fotos foram retiradas da net. Agora O Sol ou teve vergonha de traduzir (o que até compreendo) ou quem traduziu não sabia o que estava a fazer e isso já é grave, pois com tanto desemprego e com tantas pessoas capazes é muito triste que publiquem tal coisa!

 

Deixo parte do nº 6 original e quem quizer que traduza:

 

"It's not just the weather. Lisbon's public gardens are filled with lush tropical foliage. Countless Lisboetas have roots in Brazil or Portuguese-speaking Africa."

Bichanado por: Luar às 14:18
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A pulga Nelinho

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Nelinho era uma pulga alentejana e como tal vivia num belo Monte Alentejano em cima de um grande cão de raça Rafeiro Alentejano, chamado Açorda, pois era muito mole, gostava de andar devagar, e de preferência queria era dormir e comer, Açorda também já não era nenhum cachorrinho, já tinha alguma idade e os seus anos de saltos, tropelias e corridas atrás das galinhas já tinham ficado para trás.

 

A vida no Monte era calma, mas Nelinho era muito maroto e adorava pregar partidas e arreliar o Açorda, todo o dia lá andava ele pendurado nos pêlos do cão, como podes calcular um único pêlo de cão para uma pulga é como um tronco de árvore par ti, grande grosso, alto! Quando chamavam Açorda para comer, era das poucas alturas em que ele ainda corria e Nelinho agarrava-se com muita força a um pêlo de cada orelha e lá ia ele “voando” e volteando pelos ares aos gritos de contentamento; o pior era a paragem propriamente dita, pois Nelinho era atirado para a frente e invariavelmente aterrava de cara para baixo no prato da comida do Açorda, coisa que o deixava louco, pois por causa daquela malvada comida seca, ficava sempre com um “galo” na cabeça, perto das antenas….

 

 

Mas o Nelinho não parava nem mesmo com dores de cabeça, quando Açorda dormia, ele ia para o nariz do cão e queria conversa, como é lógico o pobre cão para ver o Nelinho tinha de entortar os dois olhos e ficar vesgo a olhar para a ponta do nariz, ora experimentem lá, viram?! O Nelinho por vezes tanto se ria e rebolava se caía do nariz de Açorda que como sabem é húmido e fresquinho, sinal que o cão está de saúde, caía e de bem alto e ficava estatelado de costas tipo cágado no meio do tapete e agora quem ria a bom rir era Açorda…

 

 

Nos dias em que Açorda tinha que tomar banho, fugiam os dois, mas no final Açorda tomava o seu banho enquanto Nelinho se mudava para cima de um porco, ou gato do Monte, mas viviam felizes aqueles dois, eram muito amigos!

 

 

Um dia começaram a ver malas e mais malas e não sabiam o que se ia passar, nem um nem outro tinham alguma vez saído do Monte, tinham ouvido contar pelo gato que existiam mais coisas para lá do Monte, mas o gato era muito mentiroso, nem tinha dono… passava por lá só quando lhe apetecia, por isso nunca ligaram, nem mesmo quando os donos saíam e voltavam 2 dias depois.

 

 

No dia seguinte ouviu-se o temido grito:

 

 

-  Açooooordaaaa anda cá, é dia de tomar banho!!!! E escusas de te ir esconder…….

 

 

Foi o pânico, era o cão a correr para um lado e a pulga para outro, era difícil perceber quem gritava mais!!!!

 

 

Ao fim de algum tempo lá foi o Açorda para o banho e Nelinho empoleirou-se numa flor que estava perto, a observar e a gozar. Claro está!

 

 

Era espuma por todo o lado, só se viam os olhinhos e a bitácula (nariz) do cão. Nelinho gritava bem alto:

- Pareces uma menina…. Olha pra ti todo molhado, ficas pela metade, hihihihihihihi, vê lá se queres amaciador e lacinhos, e enquanto dizia estes disparates todos, rebolava-se na flor… Tanto rebolou que caiu e ficou enfiado numa bola de sabão e começou a voar pelo Monte fora.

 

 

Nelinho gritava, Açorda ria, alias, todos os animais do Monte riam, pois era um belo castigo para aquela pulga faladora e gozona!

 

 

De repente a bola de sabão rompeu-se e Nelinho caiu a pique no chiqueiro dos porcos, splash…. Tó e Té, 2 porquinhos pequenos) ficaram a olhar com espanto, o esforço do Nelinho a arrastar as patas para sair da lama, e a tentar compreender o que é que ele dizia muito baixinho… Passado horas, lá saiu e consegui lavar-se numa gota de água da mangueira. Assim que viu Açorda, lindo e perfumado, deu 3 saltos e acomodou-se, Açorda riu-se, abanando o pobre e envergonhado Nelinho, que pela 1ª vez, parecia não ter nada para dizer. A noite passou-se.

 

 

 

No dia seguinte a família meteu-se no carro e desta vez chamou o Açorda para ir com eles; este sentou-se comodamente no banco de trás e colocou o focinho fora da janela, Nelinho ia junto à orelha direita, bem agarrado aos pêlos, para ter melhor vista.

 

 

O carro lá partiu em direcção a Lisboa, os donos iam passar uns dias com uns amigos que viviam perto de Lisboa, numa vivenda, eles também tinham animais.

 

 

O Nelinho bem tentava ver a vista, mas o vento era tanto que ele só rebolava de um lado para o outro ficando todo emaranhado no pêlo, mais parecia uma mini-esfregona, desistiu e deixou-se escorregar para a barriga de Açorda, pensando bem ia dormir um bocado.

 

 

Acordou estremunhado com o barulho de vozes, foi ver o que era, estavam parados numa casa com jardim, os donos de Açorda davam beijos e abraços a outros dois iguais a eles e ao longe havia uns olhos, aliás, vários pares de olhos, uns 6 pelo menos…; vieram buscar Açorda e fizeram-lhe muitas festas o que fez com que Nelinho tivesse que andar a correr de um lado para o outro para não ser esborrachado!

 

 

Entraram em casa deixado Açorda cá fora. Os 6 pares de olhos começaram a avançar devagar em direcção a eles, quanto mais via mais boquiaberto Nelinho ficava…

 

 

Açorda olhava para 3 “coisas” paradas em frente a ele um era pequeno e cheio de pêlo, tinha ar de gato, o outro que também parecia gato, não tinha pêlo nenhum e o terceiro era talvez um cão, mas com tantos pneus, que parecia ter 20 boias para ir para a praia….

 

 

Perante o ar espantado os outros 3 resolveram apresentar-se.

 

 

Ohhhhhhh “rafeiro” saloio, fecha a boca, nós somos animais finos, de cidade... Eu, sou um Persa e chamo-me Felpudo, ele é um Sphynx, não tem pêlo nenhum e chama-se Deslize e como é lógico, somos gatos! O outro ali é um cão, raça Sharpei e chama-se Amarrotado.

 

 

Nelinho era uma pulga alentejana e como tal vivia num belo Monte Alentejano em cima de um grande cão de raça Rafeiro Alentejano, chamado Açorda, pois era muito mole, gostava de andar devagar, e de preferência queria era dormir e comer, Açorda também já não era nenhum cachorrinho, já tinha alguma idade e os seus anos de saltos, tropelias e corridas atrás das galinhas já tinham ficado para trás….

 

 

A vida no Monte era calma, mas Nelinho era muito maroto e adorava pregar partidas a arreliar o Açorda, todo o dia lá andava ele pendurado nos pêlos do cão, como podes calcular um único pêlo de cão para uma pulga é como um tronco de árvore par ti, grande grosso, alto! Quando chamavam Açorda para comer, era das poucas alturas em que ele ainda corria e Nelinho agarrava-se com muita força a um pêlo de cada orelha e lá ia ele “voando” e volteando pelos ares aos gritos de contentamento; o pior era a paragem propriamente dita, pois Nelinho era atirado para a frente e invariavelmente aterrava de cara para baixo no prato da comida do Açorda, coisa que o deixava louco, pois por causa daquela malvada comida seca, ficava sempre com um “galo” na cabeça, perto das antenas….

 

 

Mas o Nelinho não parava nem mesmo com dores de cabeça, quando Açorda dormia, ele ia para o nariz do cão e queria conversa, como é lógico o pobre cão para ver o Nelinho tinha de entortar os dois olhos e ficar vesgo a olhar para a ponta do nariz, ora experimentem lá, viram?! O Nelinho por vezes tanto se ria e rebolava se caía do nariz de Açorda que como sabem é húmido e fresquinho, sinal que o cão está de saúde, caía e de bem alto e ficava estatelado de costas tipo cágado no meio do tapete e agora quem ria a bom rir era Açorda…

 

 

Nos dias em que Açorda tinha que tomar banho, fugiam os dois, mas no final Açorda tomava o seu banho enquanto Nelinho se mudava para cima de um porco, ou gato do Monte, mas viviam felizes aqueles dois, eram muito amigos!

 

 

Um dia começaram a ver malas e mais malas e não sabiam o que se ia passar, nem um nem outro tinham alguma vez saído do Monte, tinham ouvido contar pelo gato que existiam mais coisas para lá do Monte, mas o gato era muito mentiroso, nem tinha dono… passava por lá só quando lhe apetecia, por isso nunca ligaram, nem mesmo quando os donos saíam e voltavam 2 dias depois.

 

 

No dia seguinte ouviu-se o temido grito:

 

 

-  Açooooordaaaa anda cá, é dia de tomar banho!!!! E escusas de te ir esconder…….

 

 

Foi o pânico, era o cão a correr para um lado e a pulga para outro, era difícil perceber quem gritava mais!!!!

 

 

Ao fim de algum tempo lá foi o Açorda para o banho e Nelinho empoleirou-se numa flor que estava perto, a observar e a gozar. Claro está!

 

 

Era espuma por todo o lado, só se viam os olhinhos e a bitácula (nariz) do cão. Nelinho gritava bem alto:

 

 

- Pareces uma menina…. Olha para ti todo molhado, ficas pela metade, hihihihihihihi, vê lá se queres amaciador e lacinhos, e enquanto dizia estes disparates todos, rebolava-se na flor… Tanto rebolou que caiu e ficou enfiado numa bola de sabão e começou a voar pelo Monte fora.

 

 

Nelinho gritava, Açorda ria, alias, todos os animais do Monte riam, pois era um belo castigo para aquela pulga faladora e gozona!

 

 

De repente a bola de sabão rompeu-se e Nelinho caiu a pique no chiqueiro dos porcos, splash…. Tó e Té, 2 porquinhos pequenos) ficaram a olhar com espanto, o esforço do Nelinho a arrastar as patas para sair da lama, e a tentar compreender o que é que ele dizia muito baixinho… Passado horas, lá saiu e consegui lavar-se numa gota de água da mangueira. Assim que viu Açorda, lindo e perfumado, deu 3 saltos e acomodou-se, Açorda riu-se, abanando o pobre e envergonhado Nelinho, que pela 1ª vez, parecia não ter nada para dizer. A noite passou-se.

 

 

 

No dia seguinte a família meteu-se no carro e desta vez chamou o Açorda para ir com eles; este sentou-se comodamente no banco de trás e colocou o focinho fora da janela, Nelinho ia junto à orelha direita, bem agarrado aos pêlos, para ter melhor vista.

 

 

O carro lá partiu em direcção a Lisboa, os donos iam passar uns dias com uns amigos que viviam perto de Lisboa, numa vivenda, eles também tinham animais.

 

 

O Nelinho bem tentava ver a vista, mas o vento era tanto que ele só rebolava de um lado para o outro ficando todo emaranhado no pêlo, mais parecia uma mini-esfregona, desistiu e deixou-se escorregar para a barriga de Açorda, pensando bem ia dormir um bocado.

 

 

Acordou estremunhado com o barulho de vozes, foi ver o que era, estavam parados numa casa com jardim, os donos de Açorda davam beijos e abraços a outros dois iguais a eles e ao longe havia uns olhos, aliás, vários pares de olhos, uns 6 pelo menos…; vieram buscar Açorda e fizeram-lhe muitas festas o que fez com que Nelinho tivesse que andar a correr de um lado para o outro para não ser esborrachado!

 

 

Entraram em casa deixado Açorda cá fora. Os 6 pares de olhos começaram a avançar devagar em direcção a eles, quanto mais via mais boquiaberto Nelinho ficava…

 

 

Açorda olhava para 3 “coisas” paradas em frente a ele um era pequeno e cheio de pêlo, tinha ar de gato, o outro que também parecia gato, não tinha pêlo nenhum e o terceiro era talvez um cão, mas com tantos pneus, que parecia ter 20 boias para ir para a praia….

 

 

Perante o ar espantado os outros 3 resolveram apresentar-se.

 

 

Ohhhhhhh “rafeiro” saloio, fecha a boca, nós somos animais finos, de cidade... Eu, sou um Persa e chamo-me Felpudo, ele é um Sphynx, não tem pêlo nenhum e chama-se Deslize e como é lógico, somos gatos! O outro ali é um cão, raça Sharpei e chama-se Amarrotado.

 

 

 

E acabou-se a imaginação

Bichanado por: Luar às 14:12
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Segunda-feira, 23 de Novembro de 2015

Falta de profissionalismo

Estou fula, a Soares & Mendonça vendeu um quadro avaliado entre €2000/3000 por €200, dizem que me enviaram uma carta e que como não respondi (não recebi carta nenhuma) foi a leilão por €200. O mais caricato é que a 1ª vez que foi a leilão licitaram-no por €1500 e a resposta deles para não o terem vendido é que eu não podia perder dinheiro...
São uns aldrabões, nunca mais lá meto nada, a sorte deles é eu não ter dinheiro, pois metia-lhes um processo, isto é uma terra de gatunos!

 
 
Foto de Batata Marisa Farinha Leitão.
Bichanado por: Luar às 15:34
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Quinta-feira, 15 de Outubro de 2015

Vários tipos de Amigas

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Ao longo da vida conhecemos vários tipos de amigas e amigos, as de uma noite divertida, as de circunstância, de trabalho, as amigas dos amigos, as de infância, as da do colégio, as das festas, dos jantares, e até as "amigas", de todas estas, umas ficam sempre por perto, mesmo que não falemos todos os dias sabemos que elas estão lá se precisarmos, embora algumas já nos tenham pregados umas partidas, outras são as que sabem sempre tudo sobre tudo e todos, têm sempre uma opinião, e nas costas dos outros vemos as nossas, mas não ligamos muito, pois todos temos defeitos, temos de seguida as amigas antigas, com quem nunca perdemos a ligação e sabemos com o que contar, mas as melhores de todas as amigas são as Amigas/Irmãs, não interessa há quanto tempo as conhecemos, pois o tempo não tem nada a ver com o tamanho desta amizade, é uma amizade maior do que que uma ligação familiar, tem uma cumplicidade, carinho, alegria, prazer em ver os outros felizes e em dar pelo prazer de dar que já é pouco comum, as Amigas/Irmãs estão ligadas por um elo invisível mas tão forte que se torna inquebrável, estão sempre connosco e têm sempre um sorriso, um abraço, um carinho ou apenas um olhar, fazem-me rir de alegria e chorar de felicidade pelo carinho recebido.

As minhas Amigas/Irmãs são uma das partes importantes da minha vida, estão no meu coração como a minha filha e netos, muitas vezes são o meu sol, acho que nem elas sabem o bem que me fazem.

Bichanado por: Luar às 16:12
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O que nunca te disse!

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Vi-te a 1ª vez numa discoteca da moda, da moda dos anos 70, desafiaram-me a pedir-te dinheiro para pagar uma coca-cola, eu como era meu costume, aceitei o desafio e deparei-me com o rosto mais bonito e com uns chamativos olhos azuis, brincaste comigo e deste-me o dinheiro, apontei o teu nº numa mala de couro que tinha, para to devolver mas a partir desse momento o meu coração ficou a mil...

Lembro-me de ti como se fosse hoje, dos cheiros, dos toques das gargalhadas, da maneira de vestir, mas principalmente do teu olhar, cheiro e toque, nunca haverá outro igual, mesmo com 40 anos passados, algumas coisas serão sempre juventude, amor...

Era miúda, muito jovem e fiquei toda bamba, liguei-te e vieste ter comigo, vestido de branco a dizer que eras o "homem dos gelados", fomos ao saudoso Londres, beber um batido e foi assim que começou uma das partes mais importantes da minha vida!

Foste o meu 1º homem, o homem dos meus sonhos, mas como sempre acontece na vida real não resultou, mas ficou sempre o carinho, hoje 40 anos depois continuo a tremer quando te vejo, mudámos muito, envelhecemos e engordámos, mas a atracção ficou cá.

A vida separou-nos mas quando nos reencontramos faz sempre "faísca" lembra-me o filme "Como água para chocolate", é mais poderoso do que a minha vontade, do que o meu querer, do que o teu. Perdemos-nos num mar de atracção, de carinho e o tempo volta para trás, sinto o teu cheiro, a tua mão tem o mesmo toque na minha pele, o teu "bafo" o choque que apanho quando te toco, está tudo lá, mas já temos filhos e netos que nos colocam amarras e responsabilidades, já não podemos ser nós, mas entre nós continuamos a ser o casal jovem que um dia se apaixonou e tenho pena que os nossos netos nunca venham a sentir o mesmo... Carinho vindo do passado!

Agradeço-te todos os sentimentos, todo o fulgor e embora estejamos separados por motivos da vida, serei sempre tua e serás sempre meu, obrigada por existires e fazeres parte da minha vida!

És da recordações mais carinhosas e ternas que tenho, por muito que o tempo passe nunca te esquecerei! Quando te olho nos olhos o tempo anda para trás, a tua voz traz-me mil e uma recordações... O teu cheiro, toque, sorriso, até mesmo o modo de lavar os dentes. Efectivamente algumas coisas nunca se esquecem, ficam sempre connosco embora a vida mude, os casamentos se sucedam, os filhos apareçam, mas tem sempre uma parte de nós que será sempre só nosso.

Beijos mil

 

Luar

 

 

Ps: Nunca lerás isto, não tens ideia da importância que tiveste em mim. Estarás sempre no meu coração. Morrerei com isto guardado, mas pelo menos sei que amei e fui amada, mesmo que seja um dia distante e coberto por muros!

Bichanado por: Luar às 16:08
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Terça-feira, 21 de Outubro de 2014

São apenas objectos...

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  Foto retirada da net, não sei o autor.

 

 

Grande parte das pessoas não entende o "apego" a um simples objecto que pode até não ter valor, eu sou muito ligada a toda a "minha tralha", tralha que vem da minha trisavó, da minha infância, dos meus colegas de trabalho, viagens, filha e netos ou apenas um mero objecto que alguém me deu ou que tem uma história.

Na minha tralha, espalhada pelas paredes, armários e vitrines estão objectos que contam histórias, pequenos apontamentos do meu passado, da minha vida, da vida dos que me são importantes, até podem ser os prémios da gata, os post it que me deixaram no carro há mais de 20 anos, versos de um cravo de manjerico, versos num maço de tabaco, um bilhete de cinema, comboio ou mesmo uma rolha, os meus livros e bonecos de criança, tudo tem história, tudo me conforta quando me sinto perdida, desiludida, ou apenas a perder o rumo...

Neles está a minha infância, o que não me lembro é compensado por simples objectos como uma velha lata de bolachas de lata amarela que me lembra Luanda, os livros que li e que mais tarde li à minha filha e neta, são 3 gerações de memórias.

"Não devemos ficar agarrados ao passado", pois não, mas isso não impede que tenhamos um passado, que tenhamos recordações, uma música, um lugar, um cheiro ou a penas uma palavra, recordar é bom, e uma mulher sem passado é um ser vazio. Das más recordações felizmente só tenho memórias, afastei todos os objectos que me recordavam a dor, os momentos mais complicados, mas infelizmente já tive que me desfazer de várias coisas, com elas vai sempre um bocadinho de mim, do meu passado, ficam-me os cheiros e as imagens que essas ninguém mas tira, não são vendáveis, são só minhas e das pessoas com quem as partilho.

Costuma-se dizer que a vida dá muitas voltas, se dá, cada volta é para pior e chega-se a uma certa idade e passou, ninguém deu valor ao nosso trabalho, dedicação, apenas por poderem viram-nos as vidas do avesso, pegam em nós como de marionetas se tratassem e movimentam-nas a seu belo prazer ou então atiram-nas para um canto, onde ficam desengonçadas, tristes, sem alma a apanhar pó e ver a vida passar...

Falo muito, escrevo muito, tenho o coração ao pé da boca, mas sou verdadeira e como estas Luas são minhas, escrevo o que me apetece, o que me vai na alma, este lugar já foi o meu refúgio várias vezes e cada vez acho mais que é preferível alunar que desabafar com os outros.

Na esperança que as minhas coisas tenham ido parar a boas mãos e que a minha bisavó, avó e mãe não estejam muito zangadas, dou por finda este relambório de mágoas.

 

Como diria o outro: É favor de serem felizes!

 

 

 

Luar

 

Se tem erros é problema meu, ninguém mos paga....

 

Bichanado por: Luar às 14:09
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Sábado, 18 de Outubro de 2014

O máximo!!!

https://www.facebook.com/video.php?v=692959944089382

 

 

Este Sapo complica tudo, ter um Blog era tão fácil agora é preciso um curso superior, que chatos, ainda por cima não respondem aos e-mails!!

 

Rena Doida estou à tua Espera!!!!

Bichanado por: Luar às 22:19
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Domingo, 20 de Abril de 2014

Rena Doida

 

 

Querida Rena Doida,

 

Sei que não é Natal e que as renas não põem ovos da Páscoa, mas esta Luar sente a tua falta, a nossa amizade, os passeios, os copos, as idas ao supermercado (o teu carrinho era uma vergonha), os banhos de mar em Quarteira, a varanda a "auto estrada de Marrocos", aquele Gremlin especial, que por ti teria vido o de quase 1m de altura, a tua eterna árvore de Natal, as nossas conversas, o que me ajudaste e a tua Mãe, quando foi da Isa, a tua ajuda quando foi do outro parvalhão, colchão para cá e para lá....

 

A vida deu voltas, e muito grandes, mas tenho saudades da gata Matilde, de "uma noite estrelada pode dar numa noite mexida", da tua amiga que insultou o meu gato e pintou as unhas com o meu verniz, do teu esparguete especial, de tanta coisa....

 

Espero que leias isto, pois eu mudei e mais uma vez a vida passou-me por cima, mas tu serás sempre a mesma Rena Doida, faças o que fizeres, inventa  as desculpas todas, mas não existe nenhuma que eu não releve, não mataste ninguém e mesmo assim se fosse um político, eu perdoava!!!!

 

Diz qualquer coisa, o telemóvel é o mesmo, a casa também, eu estou diferente e tenho mais um neto e menos um emprego, lolllll

 

Pelo menos telefona, contas o que te apetecer, nada mais!

 

Sempre fomos muito amigos, cúmplices e coniventes, por isso, não tens nada a temer!

 

 

 

 

Beijo

 

Luar

 

 

PS: Lembro-me muitas vezes de umas garrafas de Whisky que trocamos por chá e o ar verde quando nos ofereceram uma (sorte a nossa, era das boas) mas alguém as deve ter bebido, não sei quem, mas gostava de ter visto!!!!!

 

 

 

 

:
Bichanado por: Luar às 18:48
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Quarta-feira, 23 de Outubro de 2013

Cruz Credo!!!!

Tenho estado a reler o blogue e encontrei cada erro que até fiquei gelada{#emotions_dlg.ice}, e fui eu que os escrevi....

 

Esta mania que tinha/tenho de escrever directamente o que me vem à cabeça sem reler e sem{#emotions_dlg.meeting} corrigir nada. Peço desculpa pelos ditos mas enfim já estão feitos.

 

Prometo que se voltar a escrever, terei mais cuidado! {#emotions_dlg.blushed}

 

Também reparei que desapareceram fotos e se desformataram textos, mas isso deve ter sido da mudança de plataforma do Sapo...

 

 

 

Foto: retirada da net.

 

 

 

 

 

Luar

:
Bichanado por: Luar às 15:07
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Sábado, 3 de Agosto de 2013

A casa

 

Foto: José Cadaveira

 

 

 

 

Levei-te pela mão através do emaranhado de arbustos, silvas e mato!

 

Por um caminho que já não era caminho!

 

Seguias-me em silêncio, mas não totalmente descansado.

 

As silvas prendiam-se no meu vestido leve e por vezes faziam-me pequenos cortes na carne, mas eu seguia indiferente a tudo aquilo.

 

Embora o dia estivesse muito quente ali quase não entrava o sol!

 

Tu sentias um certo desconforto, mas não sabias se seria da semi-sombra ou do meu silêncio!

 

Andámos durante cerca de meia hora, sempre em silêncio...

 

Lá bem ao fundo começava a ver-se o sol, notava-se o brilho e até se começava a ouvir o canto dos pássaros!

 

Finalmente uma clareira e ela lá estava!

 

Imponente como sempre fora, altiva, com aquele ar meio ameaçador meio romântico!

 

Nem mesmo o passar do tempo, o abandono, a ruína, a desgraça ou o caos lhe tiraram a imponência!

 

Quando se tem, tem-se!

 

Seja gente ou não!

 

E a Casa lá estava, tal como me lembrava em criança.

 

As janelas mantinham quase todos os vidros e as portas muito velhas ainda lá estavam.

 

Sempre metera respeito, respeito e medo!

 

Talvez por isso nunca fora vandalizada, o medo impõe respeito!

 

Por vezes é triste pensar que é assim, mas por outro lado ainda bem que assim é.

 

Não iria suportar vê-la vandalizada, bestializada, por quem nunca a entendera, por quem não lhe entendera a “alma”!

 

Sim pois para mim as casa têm “alma” têm estória, segredos, guardam sonhos e pesadelos de vidas inteiras...

 

Entramos, parei no hall, o chão de mármore em losangos pretos e brancos, alguns rachados, a alta escadaria com o corrimão de latão, que me recordo ser limpo com “solarina”,  produto que nem sei se ainda existe...

 

Os tectos com um pé direito enorme, com o gancho de onde pendia um enorme lustre que descia para ser limpo, segundo me lembro, no meu tempo já tinha uma roldana no sótão, mas não sei se terá sido sempre assim!

 

As marcas dos quadros ainda se notavam nas paredes, o relógio de pé Inglês que tinha a lua de um lado e o Sol do outro, ficava do lado esquerdo ao lado da porta da sala de jantar!

 

Se fechasse os olhos ainda o conseguia ouvir...

 

Na sala de jantar consigo "ver" o sideboard, a longa mesa de pés de talha com o tampo de granito polido com uma ponta partida, o espelho de talha dourada,a carpete oriental negra e beije, o lustre com alguns cristais coloridos....

 

As empregadas com fardas negras de setim, "crista" e colarinho (com goma) avental de renda branca engomado e luvas brancas, sapato de verniz preto de salto raso. Isto nos jantares de festa, de resto as fardas até que tinham cores alegres!

 

Fui até à escada que dava para a cozinha e zona dos empregados!

 

O velho fogão a lenha ainda lá estava, já quase não se usava no meu tempo de criança, mas nunca fora deitado fora.

 

Perto dele estava aquela coisa que nunca soube o nome mas que aquecia a água para todos os aquecimentos da casa. Esses aquecimentos eram uns aparelhos em metal com uma "rodinha" e que se encontravam espalhados pelas divisões da casa. Como eram feiosos foram disfarsados, lembro-me de uns terem uma pedra mármore e tranças de veludo até ao chão outros pareciam armários...

 

Os grandes lava louças de mármore, os armários de madeira enormes com portas de vidro, madeira, rede.

 

As enormes bancas corridas. Agora, embora a cozinha fosse grande, não me parecia tão grande!


 
A despensa,  que estava sempre cheia de coisas boas....

 

Dentro da chaminé ainda se via o ferro onde se pendurava o “fumeiro”.

 

O gato sentado ao lado, sim o gato podia entrar na cozinha!

 

As portas de madeira que um dia foram brancas abriam-se agora, fora dos gonzos deixando ver uns campos que outrora foram culturas e do lado direito os canis, agora vazios, abandonados.

 

Do lado esquerdo o jardim sem relva as escadas para o grande tanque que fora transformado numa piscina, vejo a fonte com o peixe que um dia deitou água e ainda se podem ver nas paredes os azulejos azuis que brancos que forravam parte delas.

 

Recordo-me dos buxos bem aparados para onde eu me divertia a saltar... Para desespero do pobre jardineiro!

 

Mais uma vez, fecho os olhos e ouço o meu riso, os passos, sinto os cheiros...

 

E estou nisto quando oiço um:


 
- Aiiii, tás a magoar-me!!!!!

 

Olho para trás e vejo-te, estás com ar meio dorido meio assustado, esquecera-me completamente de ti!

 

- Desculpa mas perdi-me completamente no passado! Não te queria apertar a mão com força e muito menos espetar-te as unhas...

 

- Olha, vamos ao meu antigo quarto!

 

Mais uma vez nem o deixo responder, agarro nele e subo as escadas a correr!

 

Chegados ao hall, digo-lhe!

 

- Sobe, continua a subir o meu quarto era na mansarda!

 

E fujo-lhe.

 

Ele aflito grita-me:

 

- Vai devagar a casa é velha, pode estar podre ainda te magoas, aliás, ainda morremos aqui os dois!

 

Eu entre gargalhadas grito-lhe!

 

- Esta casa NUNCA ME FARÁ MAL, nunca! E NEM A TI pois estás COMIGO e ELA SABE que EU GOSTO DE TI!

 

E subimos até eu parar numa porta é o meu quarto.

 

Ali estava a minha pequena cama, no canto a senhorinha de cor verde, odeio verde, o pequeno toucador ficava perto da janela, o espelho era preso na parede, ainda lá está, já quase sem o espelhado.

 

Páro em frente a ele, fico mais em “negro” do que em "espelho"!

 

As lágrimas começam teimosamente a querer saltar, aquele espelho é em parte a minha vida!

 

Ele chega por detrás de mim e pára a olhar por de cima da minha cabeça!

 

A imagem do rosto dele é completamente nítida no espelho velho!

 

Ele diz:

 

- Anda cá, não vês que o espelho é maior do que aquilo que a tua vista alcança?!


 
E com ternura pega em mim e fazemos amor no meio de todo aquele pó que até aqui era o meu pó, o meu passado e a partir de agora passa a ser o nosso pó o nosso futuro o nosso destino.

 


E mais uma vez a casa acolheu-me, abraçou-me e amou a quem eu gosto!

 

 

 

 

 

Bichanado por: Luar às 12:33
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