Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

Divagações de uma (quase) Louca...

 

foto: retirada da net

 

 

 

Hoje não foi um dia particularmente bom para mim, alias, já ontem não foi!

 

Caí na asneira, sim, foi uma asneira enorme, de me "associar" aos Grupos do Facebook de antigas Escolas/Colégios em que andei, comecei muito animada, escrevi o meu nome e o nome pelo qual poderia ser conhecida e fiquei a ver as fotos os nomes, enquanto puxava pela memória as recordações guardadas,  para chegar à conclusão que afinal, não tenho quase recordações, não tenho memórias....

 

De alguns deles nem sei bem em que anos lá andei, não tenho fotos, não tenho pastas com desenhos, programas, notas, nada, acho que ninguém se lembra de mim...

 

A minha mãe mudou-me tanta vez de Colégio, assim como de casa, que eu não criei raízes, não guardei nada na memória, nem os outros guardaram de mim, e ela, deitou fora o meu passado, como o fez com tantas outras coisas minhas, sempre que se irritava comigo por eu não ser o que ela queria que eu fosse...

 

Hoje, com mais de 50 anos olho para trás e acho que a Vida passou por mim e eu por ela sem olharmos uma para a outra, pelo menos até certa altura!

 

Tirou-me do colégio interno onde eu adorava estar para me obrigar a ir tirar um curso que eu odiava, mas gostava da Escola, infelizmente com o 25 de Abril fecharam-na e acabaram com o curso, hoje no Centro de Emprego o Senhor diz-me que quando muito terei o 6º ano", e que todos os cursos que tirei no meu antigo emprego através no INA, "são lixo"!!!

 

Mas voltando atrás, não sei o que sentem as outras pessoas, mas eu ouço as minhas Irmãs falarem dos tempos do colégio, das colegas das brincadeiras, elas têm coisas guardadas, gosto muito de as ouvir recordar!

 

Eu lembro-me de pouco ou nada, algumas coisas sei pois elas contaram-me. Acho que andei sempre aos "saltos" de África para Lisboa e depois cá foi um corrupio de Colégios/Escolas/Casas/Hotéis...

 

foto: retirada da net

 

 

Não conheci bem o meu pai, não sabia que podia ter escolhido ir viver com ele aos 12 anos, ninguém me disse... ele vivia em Luanda vinha cá 2 vezes por anos mais ao menos, era sempre um inferno para que a minha mãe me deixasse estar com ele, passar férias com ele, então, nem pensar.... Para meu grande desgosto e falta de sorte ele morre de repente quando eu tinha 15 anos, eu nem sabia que ele estava internado, ele quis falar comigo e morreu a pensar que eu não lhe ligava nenhuma.... Ninguém me avisou, mais uma vez a Vida me passou a perna e eu caí!

 

Anos mais tarde, depois de muita psiquiatria, aprendi uma coisa sobre o meu pai, uma coisa que me custou muito... A minha mãe seria maluca, desequilibrada, ciumenta e até má em certas coisas, mas o meu pai, era comodista, só para não ter que a "ouvir", que a aturar, ele nunca lutou por mim, nunca exigiu os seus direitos de Pai, ele conhecia-a e deixou-me entregue nas mão dela, coisa que o Pai das minhas Irmãs não fez, esse preocupou-se com elas, foi Pai!

 

Afinal o que fui eu para aqueles dois? Para ela, fui uma forma de se afirmar como mulher, de fazer pirraça e de mostrar que aos quarentas e já com filhas adultas ainda era jovem para ter filhos... Para ele fui a filha que ele queria, acredito que gostasse de mim, mas nunca teve força para enfrentar a minha mãe, para lhe dizer NÃO!

 

A minha Vida começou depois da minha Filha nascer e de eu me separar do Pai dela, mas custa-me pensar que perdi grande parte da infância dela, a trabalhar duramente, embora com gosto, só o pude fazer com a ajuda das minhas Irmãs, principalmente de uma, pois nós tínhamos 12 Concertos por mês pelo país fora, quando eram em Lisboa chegava tarde e acordava cedo, mais tarde mudei para outra Orquestra, onde também trabalhei muito e fazia o que gostava e sabia fazer, até um dia vir novamente alguém para me destruir a Vida!

 

Dessa foi de vez, só posso ficar grata pelo que me fizeram, pela injustiça com que me trataram, é o que acontece a quem não "lambe botas", mas nunca lambi, nem hei-de lamber, por isso estou na situação em que estou.

 

A única coisa que me deixa em paz é saber que no dia em que eu desaparecer, certas pessoas vão recordar-se de mim para a vida inteira, por bons e por maus motivos!!!

 

 

Só mais uma coisa: Eu deixei de ser "POSTO DE INFORMAÇÕES" não sabem?! Soubessem, adivinhem, são todos competentes menos aqui a idiota, por isso descubram!!!!

 

 

 

 

 

 Foto: retirada da net

 

 

 

 

Luar  

Bichanado por: Luar às 20:35
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2 comentários:
De RenaDoida a 21 de Maio de 2011 às 23:35
Yeap...

Às vezes a Vida passa e não nos olha, é verdade.
(O Carlos T. tem coisas lindas, e esta é das melhores).
E ás vezes somos nós que nem sequer olhamos para a Vida, ou então olhamos, sim, mas não vemos.

Seja como fôr, passa-nos ao lado.

Mas eu tenho um truque! ;)
(A Rena pode ser doida mas não é nenhuma burra..)

1 - A Vida olha-nos sempre, nós é que achamos que ela está a fingir.
Solução ? É mudar de passeio e ir direito a ela, assim não finge mais e tem de nos cumprimentar.

2 - Se somos nós que não a vemos, ou temos de abrir a pestana, ou é porque fomos nós que fingimos que não a vimos - Em ambos os casos basta dar-lhe um "tok".

Ainda não consegui fazer isto com a Luar, mas está para breve... :)
De Luar a 25 de Maio de 2011 às 17:36
Pois é Rena Doida, dizes algumas verdades... como sempre, mas que a gaja é lixada, para não lhe chamar mais nada....
quanto ao "tok", acho que já lá não vai, nem com "tok", nem com luvas de pelica, nem ao estalo, nem mesmo com assobios a olhar pró ar distraidamente, só mesmo de marreta...
Renas e Luares... não é mais aurora boreall???!!! E o Natal não chegou, isto não é a Lapónia.
Ahhh mas o Gzimo manda cumprimentos e diz que:
"Uma noite estrelada pode sempre acabar numa noite mexida"
Obrigada pela visita
Luar

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