Nelinho era uma pulga alentejana e como tal vivia num belo Monte Alentejano em cima de um grande cão de raça Rafeiro Alentejano, chamado Açorda, pois era muito mole, gostava de andar devagar, e de preferência queria era dormir e comer, Açorda também já não era nenhum cachorrinho, já tinha alguma idade e os seus anos de saltos, tropelias e corridas atrás das galinhas já tinham ficado para trás.
A vida no Monte era calma, mas Nelinho era muito maroto e adorava pregar partidas e arreliar o Açorda, todo o dia lá andava ele pendurado nos pêlos do cão, como podes calcular um único pêlo de cão para uma pulga é como um tronco de árvore par ti, grande grosso, alto! Quando chamavam Açorda para comer, era das poucas alturas em que ele ainda corria e Nelinho agarrava-se com muita força a um pêlo de cada orelha e lá ia ele “voando” e volteando pelos ares aos gritos de contentamento; o pior era a paragem propriamente dita, pois Nelinho era atirado para a frente e invariavelmente aterrava de cara para baixo no prato da comida do Açorda, coisa que o deixava louco, pois por causa daquela malvada comida seca, ficava sempre com um “galo” na cabeça, perto das antenas….
Mas o Nelinho não parava nem mesmo com dores de cabeça, quando Açorda dormia, ele ia para o nariz do cão e queria conversa, como é lógico o pobre cão para ver o Nelinho tinha de entortar os dois olhos e ficar vesgo a olhar para a ponta do nariz, ora experimentem lá, viram?! O Nelinho por vezes tanto se ria e rebolava se caía do nariz de Açorda que como sabem é húmido e fresquinho, sinal que o cão está de saúde, caía e de bem alto e ficava estatelado de costas tipo cágado no meio do tapete e agora quem ria a bom rir era Açorda…
Nos dias em que Açorda tinha que tomar banho, fugiam os dois, mas no final Açorda tomava o seu banho enquanto Nelinho se mudava para cima de um porco, ou gato do Monte, mas viviam felizes aqueles dois, eram muito amigos!
Um dia começaram a ver malas e mais malas e não sabiam o que se ia passar, nem um nem outro tinham alguma vez saído do Monte, tinham ouvido contar pelo gato que existiam mais coisas para lá do Monte, mas o gato era muito mentiroso, nem tinha dono… passava por lá só quando lhe apetecia, por isso nunca ligaram, nem mesmo quando os donos saíam e voltavam 2 dias depois.
No dia seguinte ouviu-se o temido grito:
- Açooooordaaaa anda cá, é dia de tomar banho!!!! E escusas de te ir esconder…….
Foi o pânico, era o cão a correr para um lado e a pulga para outro, era difícil perceber quem gritava mais!!!!
Ao fim de algum tempo lá foi o Açorda para o banho e Nelinho empoleirou-se numa flor que estava perto, a observar e a gozar. Claro está!
Era espuma por todo o lado, só se viam os olhinhos e a bitácula (nariz) do cão. Nelinho gritava bem alto:
- Pareces uma menina…. Olha pra ti todo molhado, ficas pela metade, hihihihihihihi, vê lá se queres amaciador e lacinhos, e enquanto dizia estes disparates todos, rebolava-se na flor… Tanto rebolou que caiu e ficou enfiado numa bola de sabão e começou a voar pelo Monte fora.
Nelinho gritava, Açorda ria, alias, todos os animais do Monte riam, pois era um belo castigo para aquela pulga faladora e gozona!
De repente a bola de sabão rompeu-se e Nelinho caiu a pique no chiqueiro dos porcos, splash…. Tó e Té, 2 porquinhos pequenos) ficaram a olhar com espanto, o esforço do Nelinho a arrastar as patas para sair da lama, e a tentar compreender o que é que ele dizia muito baixinho… Passado horas, lá saiu e consegui lavar-se numa gota de água da mangueira. Assim que viu Açorda, lindo e perfumado, deu 3 saltos e acomodou-se, Açorda riu-se, abanando o pobre e envergonhado Nelinho, que pela 1ª vez, parecia não ter nada para dizer. A noite passou-se.
No dia seguinte a família meteu-se no carro e desta vez chamou o Açorda para ir com eles; este sentou-se comodamente no banco de trás e colocou o focinho fora da janela, Nelinho ia junto à orelha direita, bem agarrado aos pêlos, para ter melhor vista.
O carro lá partiu em direcção a Lisboa, os donos iam passar uns dias com uns amigos que viviam perto de Lisboa, numa vivenda, eles também tinham animais.
O Nelinho bem tentava ver a vista, mas o vento era tanto que ele só rebolava de um lado para o outro ficando todo emaranhado no pêlo, mais parecia uma mini-esfregona, desistiu e deixou-se escorregar para a barriga de Açorda, pensando bem ia dormir um bocado.
Acordou estremunhado com o barulho de vozes, foi ver o que era, estavam parados numa casa com jardim, os donos de Açorda davam beijos e abraços a outros dois iguais a eles e ao longe havia uns olhos, aliás, vários pares de olhos, uns 6 pelo menos…; vieram buscar Açorda e fizeram-lhe muitas festas o que fez com que Nelinho tivesse que andar a correr de um lado para o outro para não ser esborrachado!
Entraram em casa deixado Açorda cá fora. Os 6 pares de olhos começaram a avançar devagar em direcção a eles, quanto mais via mais boquiaberto Nelinho ficava…
Açorda olhava para 3 “coisas” paradas em frente a ele um era pequeno e cheio de pêlo, tinha ar de gato, o outro que também parecia gato, não tinha pêlo nenhum e o terceiro era talvez um cão, mas com tantos pneus, que parecia ter 20 boias para ir para a praia….
Perante o ar espantado os outros 3 resolveram apresentar-se.
Ohhhhhhh “rafeiro” saloio, fecha a boca, nós somos animais finos, de cidade... Eu, sou um Persa e chamo-me Felpudo, ele é um Sphynx, não tem pêlo nenhum e chama-se Deslize e como é lógico, somos gatos! O outro ali é um cão, raça Sharpei e chama-se Amarrotado.
Nelinho era uma pulga alentejana e como tal vivia num belo Monte Alentejano em cima de um grande cão de raça Rafeiro Alentejano, chamado Açorda, pois era muito mole, gostava de andar devagar, e de preferência queria era dormir e comer, Açorda também já não era nenhum cachorrinho, já tinha alguma idade e os seus anos de saltos, tropelias e corridas atrás das galinhas já tinham ficado para trás….
A vida no Monte era calma, mas Nelinho era muito maroto e adorava pregar partidas a arreliar o Açorda, todo o dia lá andava ele pendurado nos pêlos do cão, como podes calcular um único pêlo de cão para uma pulga é como um tronco de árvore par ti, grande grosso, alto! Quando chamavam Açorda para comer, era das poucas alturas em que ele ainda corria e Nelinho agarrava-se com muita força a um pêlo de cada orelha e lá ia ele “voando” e volteando pelos ares aos gritos de contentamento; o pior era a paragem propriamente dita, pois Nelinho era atirado para a frente e invariavelmente aterrava de cara para baixo no prato da comida do Açorda, coisa que o deixava louco, pois por causa daquela malvada comida seca, ficava sempre com um “galo” na cabeça, perto das antenas….
Mas o Nelinho não parava nem mesmo com dores de cabeça, quando Açorda dormia, ele ia para o nariz do cão e queria conversa, como é lógico o pobre cão para ver o Nelinho tinha de entortar os dois olhos e ficar vesgo a olhar para a ponta do nariz, ora experimentem lá, viram?! O Nelinho por vezes tanto se ria e rebolava se caía do nariz de Açorda que como sabem é húmido e fresquinho, sinal que o cão está de saúde, caía e de bem alto e ficava estatelado de costas tipo cágado no meio do tapete e agora quem ria a bom rir era Açorda…
Nos dias em que Açorda tinha que tomar banho, fugiam os dois, mas no final Açorda tomava o seu banho enquanto Nelinho se mudava para cima de um porco, ou gato do Monte, mas viviam felizes aqueles dois, eram muito amigos!
Um dia começaram a ver malas e mais malas e não sabiam o que se ia passar, nem um nem outro tinham alguma vez saído do Monte, tinham ouvido contar pelo gato que existiam mais coisas para lá do Monte, mas o gato era muito mentiroso, nem tinha dono… passava por lá só quando lhe apetecia, por isso nunca ligaram, nem mesmo quando os donos saíam e voltavam 2 dias depois.
No dia seguinte ouviu-se o temido grito:
- Açooooordaaaa anda cá, é dia de tomar banho!!!! E escusas de te ir esconder…….
Foi o pânico, era o cão a correr para um lado e a pulga para outro, era difícil perceber quem gritava mais!!!!
Ao fim de algum tempo lá foi o Açorda para o banho e Nelinho empoleirou-se numa flor que estava perto, a observar e a gozar. Claro está!
Era espuma por todo o lado, só se viam os olhinhos e a bitácula (nariz) do cão. Nelinho gritava bem alto:
- Pareces uma menina…. Olha para ti todo molhado, ficas pela metade, hihihihihihihi, vê lá se queres amaciador e lacinhos, e enquanto dizia estes disparates todos, rebolava-se na flor… Tanto rebolou que caiu e ficou enfiado numa bola de sabão e começou a voar pelo Monte fora.
Nelinho gritava, Açorda ria, alias, todos os animais do Monte riam, pois era um belo castigo para aquela pulga faladora e gozona!
De repente a bola de sabão rompeu-se e Nelinho caiu a pique no chiqueiro dos porcos, splash…. Tó e Té, 2 porquinhos pequenos) ficaram a olhar com espanto, o esforço do Nelinho a arrastar as patas para sair da lama, e a tentar compreender o que é que ele dizia muito baixinho… Passado horas, lá saiu e consegui lavar-se numa gota de água da mangueira. Assim que viu Açorda, lindo e perfumado, deu 3 saltos e acomodou-se, Açorda riu-se, abanando o pobre e envergonhado Nelinho, que pela 1ª vez, parecia não ter nada para dizer. A noite passou-se.
No dia seguinte a família meteu-se no carro e desta vez chamou o Açorda para ir com eles; este sentou-se comodamente no banco de trás e colocou o focinho fora da janela, Nelinho ia junto à orelha direita, bem agarrado aos pêlos, para ter melhor vista.
O carro lá partiu em direcção a Lisboa, os donos iam passar uns dias com uns amigos que viviam perto de Lisboa, numa vivenda, eles também tinham animais.
O Nelinho bem tentava ver a vista, mas o vento era tanto que ele só rebolava de um lado para o outro ficando todo emaranhado no pêlo, mais parecia uma mini-esfregona, desistiu e deixou-se escorregar para a barriga de Açorda, pensando bem ia dormir um bocado.
Acordou estremunhado com o barulho de vozes, foi ver o que era, estavam parados numa casa com jardim, os donos de Açorda davam beijos e abraços a outros dois iguais a eles e ao longe havia uns olhos, aliás, vários pares de olhos, uns 6 pelo menos…; vieram buscar Açorda e fizeram-lhe muitas festas o que fez com que Nelinho tivesse que andar a correr de um lado para o outro para não ser esborrachado!
Entraram em casa deixado Açorda cá fora. Os 6 pares de olhos começaram a avançar devagar em direcção a eles, quanto mais via mais boquiaberto Nelinho ficava…
Açorda olhava para 3 “coisas” paradas em frente a ele um era pequeno e cheio de pêlo, tinha ar de gato, o outro que também parecia gato, não tinha pêlo nenhum e o terceiro era talvez um cão, mas com tantos pneus, que parecia ter 20 boias para ir para a praia….
Perante o ar espantado os outros 3 resolveram apresentar-se.
Ohhhhhhh “rafeiro” saloio, fecha a boca, nós somos animais finos, de cidade... Eu, sou um Persa e chamo-me Felpudo, ele é um Sphynx, não tem pêlo nenhum e chama-se Deslize e como é lógico, somos gatos! O outro ali é um cão, raça Sharpei e chama-se Amarrotado.
E acabou-se a imaginação
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