foto: retirada da net
Dia da Mãe é dia 8 de Dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição, mas as modernices mudaram-no, faz anos, para o 1º Domingo de Maio, sendo de qualquer modo é Dia da Mãe.
Dia de Mães e Filhos estarem juntos, de se sentirem mais próximos ainda, pois Dia da Mãe é todos os dias.
Liguei para minha filha que vive longe, 200km sem carro é longe, com os 2 desempregados, embora com carro é complicado vir a Lx., atendeu-me a minha neta que me desejou um bom dia da Mãe e perguntou pelo Dia dos Avós, sei que existe mas não sei quando é... Falei mais tarde com a minha filha e fizemos o costume, ver quem dizia 1º, conversámos sobres vários assuntos e desligamos.
De repente, não sei vindo de onde invadiu-me uma tristeza, uma solidão, abriu-se-me um buraco no coração; saudades dela, dos meus netos, vontade de os ter por perto a fazer barulho a animar a casa que está silenciosa, pois até os gatos dormem, agradados por este raro dia de sol...
Lembrei-me de quando ela era pequena, das surpresas e prendas que me dava, dos seus passinhos pela casa, hoje já ela é Mãe e tem as suas prendas e aquele barulho que só as crianças sabem fazer quando correm pela casa. O tempo passa num instante e de filha, apenas, ela já é Mãe de uma menina de 9 anos e um menino de 5 meses, parece que ainda ontem a envolvia nos meus braços onde cabia todinha, tipo ninho...
Liguei novamente e pedi-lhe entre lágrimas que viessem um FDS, eu pago a gasolina e as portagens, mas que viessem pois eu "morro" de saudades, ela ficou aflita, coitada, pelo meu estado e porque sabe que os € não abundam por estes lados, terei sido egoísta em preocupá-la?
O meu Dia da Mãe vai se passando, com saudades que nenhuma tecnologia do mundo ajuda a tirar, eu sei que é apenas mais uma data de calendário, mas esta hoje, doeu, doeu muito cá dentro.
Um beijo e um feliz dia da Mãe para a minha filha e para todas as Mães, mas principalmente para aquelas que como eu, ou por outros motivos não puderam passar o dia com os seus!
Luar (A Lua de ontem foi dedicada a nós, as Mães)
Se fosse viva, hoje a minha mãe faria 95 anos, teria 13 netos e 20 bisnetos a caminho de 21, somos uma família unida, eu e as minhas irmãs, ajudamo-nos mutuamente e quando uma tem um problema resolvemo-lo em conjunto o que o torna logo mais ligeiro, os filhos de uma são como filhos de todas, de mim menos, pois tenho 20 anos de diferença delas, os meus sobrinhos, alguns, por serem mais próximos de mim em idade temos muita cumplicidade, quase tanta como a que eles têm com os irmãos e os primos e mais uma vez os problemas graves são resolvidos em família!
Pode parecer uma tonteria, mas se virmos bem não é, pois quem melhor que os que melhor nos conhecem, os que nos viram crescer, os que nos acompanharam nos bons e maus momentos, para nos poderem dar um conforto, um apoio, uma palavra amiga, um ombro para chora ou até mesmo um raspanete....
Claro que temos Amigos, bons amigos, alguns já fazem parte da família.....
Quando penso na minha/nossa mãe, tenho pena, pois infelizmente ela nunca conseguiu compreender isto que vos expliquei agora, por algum motivo que nunca saberemos, tudo nela era um caus, tinha ciúmes das filhas umas com as outras, das filhas com ela, dos netos, incitava um mal estar horrível entre os meus sobrinhos, mesmo crianças, de tudo desconfiava, dizia e fazia as maiores barbaridades, como se de verdades se tratassem; a mim humilhou-me em público tanta vez, fez, me tanta maldade, disse-me coisas tão horrendas que cheguei a duvidar que fosse realmente minha mãe!
Marcou-me para a vida, se o tivesse feito com um ferro em brasa de marcar gado, não o teria feito melhor, deixou-me um M bem gravado no corpo e na alma!
Eu tento esquecer, juro que tento mas não consigo, não existe Psiquiatra que me convença, claro que melhorei ao fim de 12 de trabalho duro com Psiquiatra e Psicólogo, melhorei, pelo menos já falo no assunto sem chorar e sem pensar que a culpa era minha! Sim, durante anos e anos achei que a culpa era minha, o divórcio fora culpa minha, o ela não ter voltado a casar fora culpa minha, até mesmo o cancro fora culpa minha, pois desejei tanta vez que ela morresse...
Mas a realidade é que o meu nome, era o dela, e quando ela o escrevia colocava-lhe II na frente, um dia disse-lhe:
- Mãe, isso assim parece nome de barco!"
Ela poderia ter sido feliz 3 vezes na vida, teve pelo menos 3 Homens fabulosos apaixonados por ela e estragou tudo, Quando terminou tudo com o meu Pai, ela impediu-me de o ver, passar férias com ele, das poucas vezes que ele vinha a Lisboa, lá ia eu tipo cachorro, acompanhada por uma das minhas irmãs para poder estar com meu Pai e mesmo assim havia fita! Ela não tinha o direito de me dizer o que dizia sobre o meu Pai, de me afastar dele, pois ele morre quando eu tinha 15 anos e eu mal o conhecia, ela privou-me do meu passado, não só com o Pai.
Com a mania de mudar de casa e de me mudar de Colégios eu não tenho bases, não tenho norte, não sei quem sou, ela deitou tudo fora, os livros, as fotos, os cadernos, tudo o que não tivesse a ver com viagem feitas com ela, excepto algumas fotos por já estarem coladas num álbum, cartas de namorados me escrevera, amigas de Colégios, a minha Pen Pal, os livros dos Cursos que tirei de pintura em tecido, tudo, só não me deitou a mim pela janela, mas tentou....
Por isso naquele fim de manhã no hospital de Santa Maria, quando me disseram bruscamente que ela tinha morrido, claro que primeiro fiquei chocada, mas imediatamente a seguir veio o alívio, a paz, o pensar que finalmente tudo tinha acabado, que ela já não me podia magoar mais... Enganei-me um bocado, pois mesmo do outro lado ainda me tem dado cabo da cabeça!!
Eu lamento Mãe, acredito que tenha sido infeliz, mas foi porque assim o quis, foi a Mãe que fez a sua própria infelicidade é tal e qual como o disse uma vez, "- Tive tudo na Vida, beleza, felicidade, família perfeita e saudável, homens que me amaram, dinheiro, e perdi tudo, deixei que me escorresse entre os dedos como areia da praia... E só eu só culpada, mais ninguém!"
Mas não tinha o direito de infernizar a Vida daqueles que a rodeavam, principalmente das suas filhas, não, não tinha o direito de fazer, dizer usar-nos como se fossemos bonecas de pano que quando se zangava atirava pelos os ares, ao chão ou de encotra móveis...
Nem uma única vez senti saudade, falta dela para lhe dar um beijo ou abraço, nem me recordo dela durante uma parte da minha Vida e a que recordo é quase toda tão má que mais valia não recordar, foi uma Mulher que não sabia ser Mãe!
Mãe, um dia perguntei-lhe o porquê de me ter feito o que fez, de me ter chamado o que chamou, enfim o porquê de tudo, eu apenas queria respostas, era uma Mulher de 28 anos a pedir respostas a uma de 71, sim já foi no ano em que morreu, lembra-se da resposta que me deu?
Eu lembro-me e muito bem, quase esmaguei a mão da minha filha, que era tão pequenina e nada entendia, a sua resposta foi:
- "Porque sou tua mãe e por isso as coisas são como eu quero e eu mando em ti!"
Talvez por isso eu não consiga esquecer, não consiga perdoar, não tenho um coração e uma Alma tão grande para a perdoar, mas tenho pena de si, muita pena, a mesma pena que se tem quando se vê um bichinho ser morto apenas para nos saciar a gula, esse tipo de pena!!!
Obrigada pela Vida sem chão que me deu, sem chão e por vezes sem paredes, mas mesmo assim saí-me melhor do que aquilo que a mãe esperava, só isso foi para mim uma vitória perante si, o ver que não conseguiu destruir-me completamente....
Adeus mãe!
imagem: retirada da net
Finalmente uns dias de férias!
Vim para casa de uma amiga na Ericeira, eu e a minha neta.
Tem sido muito bom, embora, eu sinta uma grande diferença entre este ano e a última vez que a D. Leonor veio passar férias de verão (a sério) comigo. Dessa vez até fomos passar um FDS com a Drª. Arminda e foi lá que ela teve o primeiro contacto com a piscina, deu os primeiros mergulhos, etc., tinha 3 anos.
Agora tem 6 e eu canso-me como se tivesse 200...Lolllll
Fomos um dia ate a piscina e lá andou ela de braçadeiras feliz da vida.
Mas quando fomos até a praia fui com ela sem as braçadeiras e ensinei-lhe o que ensinei há Mãe dela, só que essa mal sentia a água fria no pé já estava aos gritos....
Maré baixa com muito pé, ondas pequenas, mas o mar é sempre traiçoeiro e o da Ericeira mais ainda.
Ensinei-lhe o respeito pelo mar, as ondas que se furam, as que se saltam, as que se podem fazer carreirinha para a praia. Ensinei-a a olhar sempre para trás quando se levanta, para ver o tipo de onda que vem e o que deve fazer, olhar de vez em quando para terra e ser o ponto de referencia que marcamos, se está muito afastado ou não, pois o mar puxa!
E também lhe expliquei que com o dedo no nariz não tinha as duas mão para nadar e que a água não entra no nariz, pode e deve andar de olhos abertos debaixo de água, a boca essa convém ficar fechada, pois ela não peixe, mas um pirulito também não mata....
E não é que resultou?!
Foram carreirinhas, mergulhos, furar de ondas, e ela própria já controlava se nos estávamos a afastar ou não!
Claro que eu cheguei mais morta que viva, mas ela perdeu o medo das ondas mas não o respeito ao mar.
Tenho é que lhe arranjar uma coisa tipo trela peitoral para a segurar...Lolllllllllllll
voltámos até aá praia no dia seguinte, muito vento e bandeira amarela, ela sabe o significado das cores das bandeiras emas quis ir só até á bordinha tentar nadar um bocadinho....
Fomos, eu avisei-a que o mar estava muito perigoso, mesmo na bordinha, ela insistiu e com a ajuda do balde lá nos molhamos.
Tinha ela água pelos joelhos quando de repente, eu estava a ver mas não disse nada, apenas lhe agarrei bem a mão, esta lhe subiu até ao peito!
Ela olhou para mim com um ar muito sério e disse:
- " Sabes Avó, acho que é melhor sairmos agora, pois o mar hoje não está para brincadeiras...."
Eu concordei, enchemos o balde e subimos.
Contei-vos isto apenas porque sempre fui da opinião que se deve explicar as coisas ás crianças como elas realmente são, claro que de modo a que elas entendam, pois o simples, NÃO, porque EU NÃO QUERO OU NÃO DEIXO, é a pior coisa que se pode fazer ou dizer a uma criança ou jovem.
Além do mais alguns os Pais e até Avós parece que se esqueceram do que fizeram e pensaram enquanto crianças/jovens.
Eu lembro-me perfeitamente e por isso ensinei e eduquei a minha filha a saber das coisas na maior transparência de acordo com a idade que ia tendo. Problemas?! Felizmente nunca mos deu.
Se saía à noite eu dormia descansada pois tinhas um acordo que ela sem cumpriu, vinha mais tarde telefonava, etc.
Pais e Filhos não têm que ser melhores Amigos mas sim Terem Absoluta Confiança um no outro e saberem que quando existe um problema o nosso filho(a) tem a certeza que pode conversar connosco como uma pessoa, um ser individual que é e não o "nosso filho", claro que eles vão sempre falar com o/a melhor amigo/a mas é bom que conversem connosco,
Para isso nós Pais temos de aprender aquilo que muitos não querem ver, os Filhos não são nossa propriedade, são pessoas que se vão tornar independentes e a nossa obrigação é prepará-los, ensiná-los a voar, alertá-los e deixá-los ir....
Mas todos sabemos que só se aprende com as próprias cabeçadas e aí cá estamos nós, novamente, para os apoiar e recolocar no caminho certo.
Claro que existem limites, mas as regras do jogo começam mal eles nascem e se não forem jogadas logo desde essa altura, não vai ser na adolescência que se vai conseguir alterar o jogo, aí já pode ser tarde, por vezes demasiado tarde!
Luar
* FIBROMIALGIA
* A.P.D.F.
* Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica
* Compras
* COLARES
* Gatos
* Curiosidades
* Pessoas