As Luas da Gata Tata

Continuando com as eleições... Coisa que me apavora como já vos disse no artigo anterior, lá andam ELES animadíssimos a colocar cartazes, a prometer MUNDOS E FUNDOS, a sorrir e a lambuzar o rosto das criancinhas e (bem feita) a serem labuzados e apertados....

Uns mais sorridentes, outros mais trombudos, outros ainda com ar um pouco idiota (de ideias, tá claro), mas com melhor ou pior máscara lá andam eles.... E ainda agora começou o Circo....

Bem mas deixando os Ilustrissímos(as) em paz para que nada lhes atrapalhe o pensamento e as ideias geniais que por aí vão vir eu volto para as famigeradas:

OBRAS ELEITORAIS!

Depois de todas as aventuras que relatei no artigo anterior o meu prédio e o do lado (somos 2 blocos com um C. comercial no meio, centro esse aberto e falido 2 vezes) estamos tipo Ilha mas sem mar, o que nos rodeia são estradas, sim estradas....

É sempre divertido, quando não se tem nada para fazer e se houve um barulho ir até à janela ver o bêbado que deitou o semáforo abaixo e está cá fora a olhar com ar admirado... O que não ligou aos sinais e bateu na traseira do outro que estava parado.... a policia com as sirenes irritantes a querer passar e os carros a tentarem subir muros..., os que estão tão bêbados se batem saem e adormecem no passeio...

Claro que tudo isto quando ninguém se magoa.

Mas voltando ás obras ( mania que eu tenho de me dispersar...)

No outro dia vi a placa

olha ela!!!!

Depois vieram as máquinas com dentes afiados e começaram a revolver o entulho e a terra, aquele entulho já devia ser valioso pois estava alí desde os tempos da Maria Carqueja...

Aqui lixaram-se logo os que andam de 4 rodinhas... Estacionamento de borla empinados no entulho...Já era!!!!

aqui era só lixo... Tá lindo!

Olha uns futuros Arbustos....

Aqui pensei eu....

Será que vão fazer uma Horta?!

"Isso sim, era de valor" como diria um certo personagem de Novela Portuguesa...

Com a crise que por aí anda, umas couves, tomates, batatas, alfaces e já dava para o pessoal de Benfica melhorar o rancho. Além do mais é uma ideia nova e muito prafrentex....

era um Quiosque

Pois... aqui faziam a Casa do Hortelão, toda em madeirinha...

Eu já estava a ver o filme todo!!!!!!

Fosse o que fosse as ratazanas voadoras acharam que era um no self-service!!!!

Um bicho de 2 patas tinha que pisar, tinha de ser, embora do lado esquerdo da foto exista um passeio com pelo menos 2,5m de largura... Mas não, tinha de por a pata na poça!!!

Português adora por a pata na poça e depois queixam-se...... Alôôô os nossos governantes também são Portugueses.......

Afinal não é uma Horta....................... Snifffff    É apenas um Jardim!!!

Mais um para não ser tratado....

A ideia é boa, e evita o estacionamento ali mas.......

Este jardim...

que fica em frente ao novo está neste estado!

E agora nem está muito mau, normalmente é só lixo, está mal cuidado e os agapantos já viram melhores dias....

Em alturas em que o mato está denso ainda serve de abrigo a uns ratinhos pequeninos, bem divertidos por sinal, e que comem os restos dos gelados que delicadamente o nosso povo atira para o chão...

O chão afinal é tão grande... por que não?!  Em casa fazem o mesmo, aposto!!!!!!!!!

Este é a Famosíssima Árvore dos Semáforos, não funciona mas é das poucas na zona que ainda se mantém direita como uma verdadeira árvore......

A relva já cresceu, verdinha e linda..... 

 Tá tã linda.... até parece falsa!!!

 Aqui parece comida pelas vacas, mas........ Devem ter sido os pombos, aqueles comilões, aperenderam depressa com a classe Política.... Lambões!

 Nesta até aparece a mão do mangueireiro com ela em riste....

(Aproveita agora a águinha pois é novidade pois pró ano vais fica sequinha e murcha como um fruto desidratado...... )

E agora eu acho que acerto.... Em todo aquele espaço verde, sabem o que vão fazer?! Não sabem?

É fácil, então nós não estamos tão avançados, numa UE, jogging nas grandes Capitais Europeias e não só,  ele é ambiente para cá e para lá, modernices, Magalhães Portugueses, eu sei lá que mais....

Claro que no novo relvado em frente a minha casa vai ser com em Londres.... Cadeiras de repouso para descansar e um rapazito (olha o emprego) não precisa é da biclas pois aquilo é pequeno, a cobrar 1 € por cada 1:30h de descaso....

Até vai parecer que tou na Europa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Luar

PS: Sou estou com medo do que vão colocar no lugar do Quiosque..... Só espero que não  venha de lá uma estátua do nosso 1º, senão é que eu não vendo mesmo a casa.....

"Sobre a primeira edição da "Grande Corrida de Automóveis Figueira da Foz Lisboa" (nome dado ao evento em 1902), completam-se 100 anos este domingo, 27 de Outubro (2002). Dos dez participantes que saíram da Figueira da Foz, chegaram ao fim apenas três: o Darracq de 8 cv, de Tavares de Melo, tripulado pelo francês Edmond, que chegaria a Lisboa em 6 horas, 24 minutos e 5 segundos, mas viria a ser desclassificado, o Fiat do Infante D. Afonso, conduzido pelo italiano Giuseppe Bordino, e que venceria a prova, e na terceira posição, novamente um Darracq, guiado por Afonso de Barros, que chegaria à capital em 8 horas, 43 minutos e 43 segundos.

Da Figueira da Foz, os concorrentes dirigiram-se para Montemor-o-Velho e daí para Coimbra, onde Tavares de Melo, ao volante de um Darracq, foi substituído por Edmond, dando origem à posterior desclassificação do veículo que mais depressa completou o trajecto. Seguiram-se Leiria, Alcobaça, Óbidos, Cadaval, Azambuja, Alhandra, Alverca e, finalmente, Lisboa."

Retirado do http://antoniocruz.net/mostrar/eventos/2002/automoveisantigos/

Este extraordinário automóvel, que se admite ser único no mundo, dispõe de um motor de dois cilindros separados e ligados em linha o que, de certo modo, equivale a dizer que o carro tem dois motores de um cilindro cada. Veio para Portugal, em Outubro de 1902, através da alfândega da Figueira da Foz, mas despachado como máquina agrícola, por não haver ainda pautas aduaneiras para os automóveis. Francisco Augusto Pereira Gonçalves de Tentúgal, pai do médico Armando Augusto Leal Gonçalves, tornou-se o seu primeiro proprietário ao adquiri-lo por 2050$00. Foi registado em 20 de Fevereiro de 1903, por só então se tornar obrigatório o registo. Nessa data fizeram o exame de condução ao proprietário e seu filho, sendo examinador um engenheiro das Obras Públicas que, por sinal, nunca havia entrado num automóvel. Foi pois na qualidade de examinador que o fez pela primeira vez. Bem consciente da importância histórica do acto, apresentou-se o dito engenheiro de sobrecasaca e chapéu alto. Os examinandos prestaram, com êxito, as suas provas, tendo sido atribuída a carta n.º 1, de Coimbra, ao proprietário do Darracq e a seu filho a n.º 2. Ao Darracq, talvez como augúrio de um futuro brilhante foi dada a matrícula n.º 1 de Coimbra. Não se desmoralizou Francisco Pereira Gonçalves com alguns problemas de aquecimento que o carro trazia de fábrica. O radiador, que era um tubo largo em serpentina colocado a frente do eixo, foi modificado para o modelo adoptado pela fábrica em 1904, o que além de resolver essa dificuldade beneficiou a estética do carro, tornando-o mais elegante. Concluída essa transformação parte para longas viagens, verdadeiras aventuras, através das estradas de então, se é que estradas podiam ser consideradas. Tendo Coimbra como ponto de partida vai à Serra da Estrela, à Serra da Pampilhosa, a Tancos, a Castelo de Vide... O Caramulo é por diversas vezes alcançado em visita a um familiar do proprietário, que aí se encontrava por ter contraído tuberculose. Nessa altura a estrada só chegava ao meio da Serra, entre Campo de Besteiros e o actual Museu. Em 1903 entra para a “História” como protagonista do primeiro acidente automóvel em Coimbra. Perto de Sansão o abalroamento com o Benz do Dr. Joaquim Augusto de Sousa Refóios, Lente da Universidade de Coimbra, dá origem a estragos materiais no valor de 15$80 no Darracq e 37$60 no Benz. O caso acaba em tribunal sendo a questão ganha pelo Dr. Armando Gonçalves. O Darracq mantém-se na posse dos herdeiros de Armando Gonçalves, abandonado numa quinta perto de Tentúgal. Em 1952 os médicos do Caramulo, Trajano Pinheiro e Carlos Madeira Lopes, conseguem comprá-lo para o oferecerem a João de Lacerda, como presente de anos, em 19 de Agosto. Em Lisboa, nas oficinas do Eng.º José Jorge Canelas, é restaurado ao mais pequeno pormenor. Inicia uma nova vida de grandes sucessos... A clássica “London Brighton” é cumprida, com êxito, em 1974-79-86. Em 1978, no “Rallye du Luxembourg”, não tem qualquer problema em terminar e recentemente, a 2 de Outubro de 1994, participou no “Rallye des Ancêtres dans les Hauts de Seine”, equivalente em França ao “London Brighton”, isto é, reservado apenas a automóveis fabricados até 1904. Este belo automóvel de bonita carrosserie, em madeira envernizada, fabricada por A. Vedrine et Cie, Courbevoie – Seine, está registado, no Veteran Car Club of Great Britain, com o n.º 865, e integra a colecção permanente de automóveis do Museu do Caramulo. Este Darracq estará em exposição no Salão Motorclássico em Lisboa, a decorrer nos dias 24, 25 e 26 de Março, na FIL em Lisboa. Características: 1902 França 12 CV 2 cilindros 2360 c.c. 3 velocidades 710 kg 65 Km/h Motor #3190

A minha Avó e o marido Afonso de Barros a quem a minha mãe dizia de brincadeira:

- "Oh Paizinho eu a correr ao lado do carro ando mais depressa..."

Ora isto não se diz ao corredor que ficou em 3º lugar na 1ª corrida de automóveis Figueira da Foz/Lisboa!!!!

Malandrinha ela.....

Este automóvel não sei o que era!